O S&P 500, índice de referência das 500 maiores empresas norte-americanas, conseguiu valorizar mais de 164% (entre 2017 até aos dias de hoje), mesmo depois de ter registado períodos de grande drawdown, como vimos ao longo de 2018, 2020 e 2022.
No entanto, desde 2017, apesar do notável desempenho do mercado de capitais, houve vários desafios que surgiram pelo caminho, tanto a nível económico como político.
Em termos políticos, este período foi dividido em duas administrações de partidos diferentes, cada uma com abordagens económicas distintas: Donald Trump, com uma política fiscal expansionista e uma postura assertiva no comércio internacional, e Joe Biden, com um foco na recuperação económica pós-pandemia e no combate à inflação.
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A média de retornos do S&P 500 durante o período republicano (Donald Trump, 2017-2020) foi de 14.58%, enquanto a média durante o período democrata (Joe Biden, 2021-2023) foi de 11.43%.
Fonte: Koyfin
Ainda que esta média de desempenho mostre que o partido Republicano aparenta ser mais “bullish” para Wall Street do que o democrata, devemos ter em consideração que a análise feita pode não ilustrar totalmente a realidade, podendo estar até enviesada dada a escala temporal da análise.
De facto, o impacto a longo prazo de cada partido americano é muito reduzido, pois para o mercado a perceção do risco advém do contexto macroeconómico, no qual as avaliações dos ativos dependem (isto se tivermos em conta que o mercado acredita nos resultados ou eventos futuros que possam alterar o valor do ativo em questão).
Para além disso, o ano de 2023 e 2024 foram exemplos de como a política monetária pode influenciar os mercados acionistas. Primeiro, em 2023 houve um crescimento considerável com uma perspetiva para que as taxas de juro chegassem aos seus máximos em breve. Posteriormente em 2024, observámos os primeiros cortes nas taxas de juro e perspetivas para mais cortes, numa altura em que parecia que a inflação estava controlada. Estas perspectivas têm um impacto muito superior nos mercados financeiros comparadas com quem está a governar o país.
Desafios desde 2017
- 2018: Aumento das tensões comerciais entre os EUA e a China, levando a volatilidade no mercado. Este período também ficou marcado pelo retomar do aperto quantitativo (QT)
- 2020: Pandemia de COVID-19, provocou momentos de sell-off nos mercados, mas foi seguida por uma rápida recuperação devido aos fortes estímulos monetários e fiscais.
- 2022: Inflação nos níveis mais altos em décadas, levando o Federal Reserve a aumentar as taxas de juro rapidamente.
- 2023: Resiliência económica apesar do aperto monetário, com foco nos efeitos de longo prazo das políticas anti-inflação, revolução tecnológica
- 2024: Ano em que a resiliência económica persiste, mas faz com que as perspetivas sobre os cortes dos juros diminuam. Este contexto deixa em aberto novos riscos que poderão surgir em termos económicos.
Para este próximo mandato de Trump, os desafios que ficaram por se resolver nos últimos 4 anos poderão trazer momentos de maior tensão nos mercados financeiros, juntamente com algumas medidas protecionistas de Trump. É importante recordar que durante o primeiro mandato de Donald Trump (2017-2020) o seu período ficou marcado por medidas que visavam cortes nos impostos, mas por outro lado voltou a aumentar as tensões comerciais com a China.
Neste momento, temos um cenário de taxas de juro elevadas nos EUA (que preocuparam os investidores na reunião da FOMC de Dezembro - depois da Fed ter sinalizado que iria baixar apenas 2 vezes as taxas este ano), instabilidade geopolítica no Médio Oriente e no Leste da Europa e o risco dos principais blocos económicos começarem a diminuir acentuadamente o crescimento económico, em função aos anos anteriores. Para além disso, as perspectivas da inflação voltam a ser visíveis e a política comercial de Trump pode condicionar as perspetivas da FOMC.
Todas estas questões deverão marcar o mandato atual de Trump, até porque o mesmo já se pronunciou sobre os temas, mesmo em matéria de política monetária onde a Reserva Federal é autónoma nas decisões.
Considerações finaisDito isto, os próximos anos de Trump serão desafiantes dadas às questões que permanecem por resolver, mas por outro lado Donald Trump conseguiu conquistar Wall Street no último mandato o que é visto como um sinal otimista para o desempenho dos índices este ano.
Henrique Tomé,
Analista XTB
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