Há cada vez mais sinais a mostrarem que a Reserva Federal começará a reduzir as taxas na reunião de setembro. A inflação continua a cair, o mercado de trabalho está a arrefecer e as minutas da FOMC de ontem mostraram que a maioria dos membros do comité considera que o corte das taxas em setembro é apropriado, tendo em conta a redução dos riscos para o mandato da inflação e o aumento dos riscos associados ao emprego. Isto continua a pressionar o dólar americano, que continua a enfraquecer contra outras moedas importantes.
O EURUSD reagiu e atingiu máximos de finais de dezembro de 2023 em 1,1139 ontem e está agora a ser negociado nos níveis mais altos desde o final de julho de 2023. No entanto, com os mercados já a preverem uma flexibilização muito agressiva da Reserva Federal até ao final de 2024 (cerca de 100 pontos base de cortes nas taxas nas 3 reuniões restantes), existe o risco de um recuo do par. Isto deve-se ao facto de os actuais preços de mercado sugerirem que a Fed irá cortar as taxas em 50 pontos base pelo menos uma vez este ano. Há um risco de que a Reserva Federal opte por cortes consecutivos de 25 pontos base, uma vez que os dados macroeconómicos dos Estados Unidos, embora enfraquecidos, não estão a mostrar a necessidade de um corte de meio ponto.
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Amanhã, o discurso do Presidente da Fed, Powell, perante o simpósio de Jackson Hole deverá trazer momentos de maior volatilidade nos mercados. Espera-se que Powell dê a entender que a Reserva Federal está pronta para dar início a um novo ciclo de flexibilização. No entanto, se não fizer um discurso que corresponda às expectativas dovish do mercado, corre o risco de desencadear novas reações nos mercados. Desta vez com que o USD a ter espaço para desvalorizar, enquanto que o EUR/USD poderá estar pressionado.
Fonte: xStation5
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