O resgate concedido à Argentina pelo FMI não é, por si só, suficiente para resolver todos os problemas do país. As intervenções do Fundo não têm como objetivo solucionar a totalidade dos desafios enfrentados pelos países que recebem o seu apoio. O pacote de 20 mil milhões de dólares representa um alívio de curto prazo, permitindo evitar uma crise imediata de pagamentos e, assim, um incumprimento. No entanto, não resolve as questões estruturais profundas da economia argentina. O país continua a enfrentar problemas persistentes ao nível da inflação, instabilidade da moeda, défices fiscais recorrentes e uma falta generalizada de confiança nas suas instituições. Estes problemas não se resolvem unicamente com injeções financeiras. O apoio do FMI só poderá ser eficaz se vier acompanhado de reformas estruturais significativas, como a disciplina orçamental, o aperto monetário e ajustamentos económicos internos — medidas que têm de ser tomadas dentro do próprio país e não impostas de fora.
Tendo em conta o histórico da Argentina no que diz respeito à implementação de programas e ao compromisso com reformas, é provável que o país venha a necessitar de mais fundos no futuro. As ineficiências estruturais, a perda de confiança por parte dos investidores e a constante dependência de financiamento externo são sinais de alerta. Caso a inflação permaneça elevada e o ajustamento fiscal falhe, é expectável que a Argentina tenha de recorrer novamente ao FMI, não só para obter mais capital, mas também para renegociar os termos do apoio.
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Abrir Conta Abrir Conta Demo Download mobile app Download mobile appRelativamente aos sectores que poderão beneficiar com este resgate, destaca-se o setor dos serviços, apesar da importância histórica da agricultura e pecuária no país. O setor dos serviços é atualmente o principal contribuinte para o PIB argentino, englobando áreas como as finanças, o turismo, as telecomunicações, a saúde, a educação e o comércio a retalho. Ainda assim, importa sublinhar que os benefícios deste apoio são de curto prazo, e que os desafios estruturais permanecem. A recuperação económica será um processo demorado.
Quanto à possibilidade de o país utilizar este resgate como uma oportunidade para aprofundar as relações económicas com os Estados Unidos — especialmente tendo em conta a relação entre Javier Milei e figuras como Donald Trump ou Elon Musk —, importa considerar vários fatores. As políticas protecionistas de Trump deterioraram as relações comerciais dos EUA com vários países, nomeadamente com a China, com quem os EUA mantêm trocas comerciais na ordem dos 575 mil milhões de dólares. Embora possa haver algum interesse por parte dos EUA em reforçar os laços económicos com a Argentina, a elevada inflação e a instabilidade da moeda local reduzem essa probabilidade. A nível geográfico, uma aproximação pode fazer sentido, mas os riscos económicos continuam a ser significativos.
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