📣Fitch abana os mercados!

15:39 2 de agosto de 2023

A agência Fitch decidiu rever em baixa o rating de crédito dos EUA. O que é que isto significa para os mercados? 🔎

A agência Fitch decidiu baixar a notação de crédito dos EUA. O que é que isto significa para os mercados?

 

A agência Fitch surpreendeu toda a gente ao decidir baixar a rating de crédito dos Estados Unidos de AAA, o nível mais elevado possível, para AA+. É a primeira vez, em pouco mais de 10 anos, que uma agência de notação decide baixar a credibilidade da dívida americana, acabando por prejudicar o sentimento no mercado.
Mas o que está por detrás da decisão da Fitch? Será que outras agências vão decidir rever as suas notações? O que é que isto significa para os mercados e será que os outros países também poderão ser afetados?

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Fitch já tinha alertado para esta situação!

Em maio deste ano, a Fitch emitiu um aviso de que poderia haver uma revisão em baixa no rating de crédito se os Estados Unidos não resolvessem a questão do limite da dívida. O problema foi resolvido com o aumento do limite da dívida até ao ano projetado de 2025, mas isso não altera as questões em que a agência Fitch se estava a concentrar. A instituição apontou a deterioração dos padrões de gestão nos EUA nos últimos 20 anos, potenciais problemas fiscais nos próximos três anos e um aumento forte dos custos dos juros nos últimos anos. Em 2020, após o primeiro impacto da pandemia, o custo anual dos juros da dívida americana era de pouco mais de 500 mil milhões de dólares. Agora é de quase 1 bilião de dólares, quase o dobro!

A decisão da Fitch mereceu, naturalmente, a desaprovação das autoridades americanas, nomeadamente da Secretária do Tesouro, Janet Yellen, e do Presidente Joe Biden. Eles sublinharam a força da economia americana, embora as previsões relativas à dívida apontem para um crescimento do seu nível atual de pouco mais de 100% do PIB para quase 200% em 2050!

O que é que podemos retirar dos eventos anteriores?

Em 2011, os Estados Unidos perderam o "estatuto" de triplo AAA. Foi nessa altura que a S&P decidiu baixar a notação e, desde então, nunca mais voltou a subir. Foi uma espécie de marco histórico. Os Estados Unidos deixaram subitamente de estar isentos de riscos, segundo a agência de rating.
O Financial Times escreveu que a decisão da S&P pôs em evidência o enfraquecimento da situação financeira do país mais poderoso do mundo. Entretanto, a revista Time mostrava George Washington com um olho negro na capa, e o título da capa dizia "A Grande Degradação Americana". O mercado reagiu em queda, embora o contexto deva ser recordado - especialmente os problemas fiscais da Europa e os receios de uma desagregação da zona euro. No entanto, o mercado da dívida ignorou largamente este aviso, e os preços das obrigações até ganharam! Este facto esteve associado a entradas de capital em paraísos seguros e, apesar da descida da notação de crédito, a dívida dos EUA continua a ser considerada uma das mais seguras do mundo. O ouro beneficiou bastante e atingiu níveis recorde nessa altura.

O estado da economia era obviamente diferente nessa altura. As taxas de juro ainda estavam a zero e a Fed estava numa fase de QE. Além disso, a crise da dívida europeia estava a decorrer, com um impacto positivo nos ativos dos EUA e, em última análise, o índice S&P 500 dos EUA ganhou cerca de 20% nos 12 meses seguintes à decisão da S&P.

Em 2011, o índice S&P 500 foi o índice americano que reagiu pior e o ouro foi o maior beneficiário, embora isso tenha resultado de uma subida do preço das obrigações. Um mês após a decisão, registámos uma queda de rendimento de mais de 50 pontos base! Como se pode ver, a situação cambial manteve-se estável, embora também tenha resultado dos problemas europeus. Ainda assim, não exista agora uma crise de dívida na zona euro, podemos ver problemas significativos com o abrandamento económico. Fonte: Bloomberg Finance L.P., XTB Research

Será que as outras economias estão em risco?

Há algumas economias que nunca desceram da notação triplo AAA, incluindo a Austrália, a Suécia ou a Alemanha. Por outro lado, houve mudanças negativas de notação na história recente causadas por vários factores. No caso do Canadá, houve um aumento significativo das despesas e, consequentemente, da dívida durante a pandemia provocada pela Covid-19, ao passo que, no caso do Reino Unido, esteve relacionado com o referendo sobre o Brexit. No entanto, verifica-se que, em algumas dezenas de sessões após a descida da notação, não observámos um impacto negativo; muitas vezes, estas obrigações até sobem! Evidentemente, não queremos dizer que uma descida de notação seja positiva para o emitente. No entanto, muitas vezes, essas decisões apenas reflectem mudanças graduais e são tratadas pelos investidores como uma espécie de confirmação e não como uma nova informação "chocante".

O gráfico mostra o desempenho das yields na sequência da revisão em baixa das agência de rating.  Fonte: Bloomberg Finance L.P., XTB Research

Qual é que é realmente o impacto desta decisão da Fitch?

A decisão da Fitch pode não ter desencadeado grandes sell-offs no mercado, e mesmo as quedas que observámos até à data são resultado apenas da surpresa da decisão da agência de rating.

No entanto, o atual governo nos EUA acaba por perder credibilidade nos mercados internacionais. Washington terá imediatamente um problema com o financiamento do défice? De certeza que não. O dólar perderá o seu estatuto de moeda de reserva através da Fitch? Certamente que isso também não acontecerá durante muitos anos. A decisão deve ser vista como um sinal de aviso de que, sem mudanças, a hegemonia financeira dos Estados Unidos irá diminuir. Pode até ser o caso de uma política económica sólida, face à concorrência crescente da Ásia. A Fitch, por outro lado, aponta para riscos que podem acelerar a passagem do testemunho da liderança. É assim que entendemos que esta decisão deve ser encarada.

Equipa de Research XTB

 

Este material é uma comunicação de marketing na aceção do artigo 24.º, n.º 3, da Diretiva 2014/65 / UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, sobre os mercados de instrumentos financeiros e que altera a Diretiva 2002/92 / CE e Diretiva 2011/61/ UE (MiFID II). A comunicação de marketing não é uma recomendação de investimento ou informação que recomenda ou sugere uma estratégia de investimento na aceção do Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de abril de 2014 sobre o abuso de mercado (regulamentação do abuso de mercado) e revogação da Diretiva 2003/6 / CE do Parlamento Europeu e do Conselho e das Diretivas da Comissão 2003/124 / CE, 2003/125 / CE e 2004/72 / CE e do Regulamento Delegado da Comissão (UE ) 2016/958 de 9 de março de 2016 que completa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas regulamentares para as disposições técnicas para a apresentação objetiva de recomendações de investimento, ou outras informações, recomendação ou sugestão de uma estratégia de investimento e para a divulgação de interesses particulares ou indicações de conflitos de interesse ou qualquer outro conselho, incluindo na área de consultoria de investimento, nos termos do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro. A comunicação de marketing é elaborada com a máxima diligência, objetividade, apresenta os factos do conhecimento do autor na data da preparação e é desprovida de quaisquer elementos de avaliação. A comunicação de marketing é elaborada sem considerar as necessidades do cliente, a sua situação financeira individual e não apresenta qualquer estratégia de investimento de forma alguma. A comunicação de marketing não constitui uma oferta ou oferta de venda, subscrição, convite de compra, publicidade ou promoção de qualquer instrumento financeiro. A XTB, S.A. - Sucursal em Portugal não se responsabiliza por quaisquer ações ou omissões do cliente, em particular pela aquisição ou alienação de instrumentos financeiros. A XTB não aceitará a responsabilidade por qualquer perda ou dano, incluindo, sem limitação, qualquer perda que possa surgir direta ou indiretamente realizada com base nas informações contidas na presente comunicação comercial. Caso o comunicado de marketing contenha informações sobre quaisquer resultados relativos aos instrumentos financeiros nela indicados, estes não constituem qualquer garantia ou previsão de resultados futuros. O desempenho passado não é necessariamente indicativo de resultados futuros, e qualquer pessoa que atue com base nesta informação fá-lo inteiramente por sua conta e risco.

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