🔴Investidores aguardam pela época de resultados em Wall Street 🔎
O que esperar da época de resultados de Wall Street? 🔎
Durante o período de férias, tipicamente calmo, espera-se que o mercado de ações tenha um final de julho e agosto excepcionalmente interessante devido à época de resultados do segundo trimestre de 2023. O sentimento dos mercados para a segunda metade do ano poderá depender destes resultados. Além disso, os resultados mais fracos do sector bancário podem influenciar uma revisão da política restritiva da FED. Será que o último trimestre vai ser tão bem sucedido como o anterior? Veremos o impacto do aumento das taxas de juro nos resultados e previsões das empresas?
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Abrir Conta TESTAR A DEMO Download mobile app Download mobile appO primeiro semestre deste ano foi recorde em termos de rendibilidade para o Nasdaq (US100), tendo como pano de fundo anos históricos. O índice das empresas tecnológicas registou um sólido crescimento de 40%. Se o ano em curso terminasse com uma tal rentabilidade, colocar-se-ia no top dos cinco anos com melhor taxa de rentabilidade, e isto num ambiente de taxas de juro tão elevadas.
Os mercados estão otimistas após os resultados excepcionalmente bons do primeiro trimestre, que surpreenderam o mercado e conduziram a elevados retornos dos índices. Por conseguinte, as expectativas dos investidores podem ser elevadas para o segundo trimestre, o que pode lançar as bases para uma desilusão. O impacto das taxas de juro mais elevadas chega sempre com atraso e a mudança pode demorar entre alguns meses a 1-2 anos. Nas próximas semanas, iremos descobrir se as taxas elevadas começaram a drenar a liquidez dos balanços das empresas. Apesar do enfraquecimento dos dados macroeconómicos e dos numerosos desafios, Wall Street continua a mostrar uma força considerável. No entanto, será que os resultados das empresas justificam um maior crescimento após um primeiro semestre recorde em termos de crescimento?
O que é que os resultados vão mostrar?
Olhando para os dados concretos, as perspectivas não parecem más. Algumas empresas já publicaram os relatórios do segundo trimestre de 2023 e, até à data, os resultados são encorajadores, com as empresas a ultrapassarem, em média, as estimativas em +3%. De acordo com as previsões da Bloomberg, este trimestre deverá ser o ultimo trismestre com quedas nos resultados em termos homólogos. Ao mesmo tempo, espera-se que este seja o último trimestre com uma dinâmica negativa. A partir do último trimestre de 2022, a dinâmica anual foi de -0,1%, -7,5% e -7,1%, respetivamente. No próximo trimestre, ou seja, no terceiro trimestre de 2023, espera-se que o lucro líquido médio das empresas do S&P 500 cresça 0,3% em relação ao ano anterior, voltando aos tempos de crescimento.
Bancos à sombra de uma crise sistémica
Passando para sectores específicos, a atenção dos investidores estará centrada nos resultados das empresas tecnológicas e do sector bancário. Este sector dará o pontapé de saída para a época de resultados esta sexta-feira. Os relatórios financeiros serão apresentados por grandes bancos como o JPMorgan Chase & Co., o Citigroup Inc. e o Wells Fargo & Co. De acordo com as previsões dos analistas, as taxas de juro mais elevadas no último trimestre deverão apoiar os resultados do sector bancário em termos de receitas de juros e equilibrar a fraqueza da banca de investimento e das divisões de negociação. Prevê-se que as receitas bancárias totais aumentem 13,2%. No entanto, receitas mais elevadas não significam lucros mais elevados. As margens dos bancos são limitadas, uma vez que as poupanças são deslocadas para obter melhores juros de depósito. Para além disso, não podemos esquecer o risco derivado do crédito mal parado. Entre as posições a observar estará o ritmo das saídas líquidas de depósitos e um abrandamento dos empréstimos, especialmente no que respeita aos bancos regionais. Seguem-se as previsões para os três principais bancos:
- JP Morgan: espera-se que o banco registe receitas totais de 39,3 mil milhões de dólares, o que representa um aumento de 28% em relação ao ano anterior, e que o lucro líquido aumente quase 42% para 12,2 mil milhões de dólares.
- Citigroup: neste caso, os resultados deverão ser piores em relação ao ano anterior. O lucro líquido deverá cair 35% para 2,82 mil milhões de dólares. Globalmente, espera-se que os ganhos por ação sejam de 1,3 dólares por ação (foram de 2,19 dólares no primeiro trimestre). O principal fator para os maus resultados deverá ser os pequenos lucros obtidos com a negociação de instrumentos de dívida.
- Wells Fargo & Co: De acordo com os analistas, o Wells Fargo deverá ser um dos bancos com melhores resultados em termos homólogos. Espera-se que os ganhos por ação aumentem 53% para $1,13.
A crise bancária que aconteceu no primeiro trimestre deste ano parece ter sido ultrapassada. No entanto, os bancos podem agora enfrentar o risco de requisitos adicionais de capital propostos por Barr da FED. A proposta reduziria o limite de capital de $700 mil milhões para $100 mil milhões em ativos. Mais bancos teriam de cumprir regras rigorosas de capital baseado no risco, exigindo-lhes a afetação de recursos para garantir o cumprimento dos regulamentos, reduzindo potencialmente a rentabilidade a curto prazo. Embora estas medidas tenham por objetivo reforçar o sistema bancário, podem ter um impacto temporário nos resultados financeiros. No entanto, a longo prazo, permitirão construir um sistema mais resistente, reduzir os riscos e apoiar o crescimento.
Os resultados do sector tecnológico podem desencadear o declínio de Wall Street?
O sector tecnológico foi a principal força motriz do crescimento eufórico dos índices S&P 500 e Nasdaq nos últimos meses. Os lucros foram impulsionados pelas previsões otimistas do sector dos semicondutores e pelo boom das soluções de IA e do hardware necessário para treinar modelos. As elevadas valorizações e a concentração dos lucros em setores específicos podem tornar o mercado mais vulnerável, caso os resultados não cumpram com as expectativas, que são bastante elevadas.
Prevê-se que a Alphabet mantenha a sua série de bons resultados, com lucros por ação mais elevados, tanto em termos trimestrais como anuais. O EPS previsto é de 1,32, ou seja, +9,2% superior em relação ao ano anterior. Prevê-se também que as receitas da empresa aumentem 4,3% para 72,7 mil milhões de dólares. Por outro lado, as previsões dos analistas para a Microsoft antecipam um crescimento ainda maior, de +6,9% em relação ao ano anterior, para 55,5 mil milhões de dólares, e um aumento de +14,7% nos lucros por ação, para 2,56.
No entanto, a empresa que tem a hipótese de reunir a atenção de todos os investidores é a Nvidia. Isto não é uma coincidência. Lembre-se de que, não há muito tempo, a atenção de todos foi atraída para o fato de que, na onda de euforia em torno da IA, a capitalização da empresa excedeu o prestigioso limite de 1 bilião de dólares. A direção da empresa decidiu que a marca se tornaria um verdadeiro centro de inteligência artificial, e as aplicações dos produtos da Nvidia são mesmo vistas no sector da descoberta de medicamentos. Por detrás das grandes promessas estão também grandes expectativas. O consenso pressupõe que o EPS ajustado da empresa atingirá 2,05 dólares por ação, uns meros 301% mais do que há um ano. Prevê-se que as receitas atinjam 11 mil milhões de dólares (+64,5% em relação ao ano anterior). É interessante notar que a dinâmica de crescimento deverá refletir-se nos próprios dados trimestrais (EPS +87%; receitas +53%). As expectativas são, por conseguinte elevadas e só o tempo mostrará se estes números são reais.
Conclusão
A época de resultados tem a possibilidade de ser um acontecimento-chave para o sentimento na segunda metade do ano em curso. Há muitos pontos de interrogação e muitas respostas potenciais. Uma coisa é certa, o mercado estará a acompanhar de perto os dados que vão chegando, e os investidores ativos devem manter uma vigilância especial, uma vez que esta época de resultados pode trazer muitas emoções extremas.
Bartosz Mętrak, Mateusz Czyżkowski
Investigação XTB
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