A História diz-nos que inúmeros movimentos acentuados nos mercados financeiros foram causados por eventos políticos e não por eventos económicos. Por exemplo, o Brexit e as eleições dos EUA fizeram com que o mercado se tornasse muito volátil e forneceram também inúmeras oportunidades de trading.
Existe uma ligação direta entre política e economia, por isso não é uma grande surpresa que a política tenha um impacto significativo nos mercados financeiros. Mas como é que isso acontece e porquê? Vamos descobrir.
Incerteza é igual a volatilidade
As eleições – um acontecimento comum na maioria dos países – podem ter um grande impacto nos mercados financeiros. As eleições podem ser vistas pelos traders como um caso isolado de potencial incerteza e instabilidade política, o que tipicamente gera grande volatilidade tanto no mercado bolsista como no mercado de forex.
Analisemos então como se comportou o mercado na iminência das eleições de novembro de 2016. Era consensual que Hillary Clinton seria a próxima Presidente dos Estados Unidos. A maioria das sondagens mais respeitáveis punham Clinton na liderança, a ultrapassar Donald Trump. Por isso, o mercado estava relativamente calmo, já que Trump era visto como o candidato mais “imprevisível”. No entanto, a sua vitória foi uma enorme surpresa que levou a alguns movimentos significativos, uma vez que os traders tiveram de dar um preço ao que a presidência de Trump acarretaria.
Uma vez que a maioria das típicas sondagens de confiança punha Clinton na liderança, os mercados não estavam preparados para a vitória de Trump. Aconteceu uma situação semelhante com o referendo do Reunido Unido relativamente à pertença à UE: o inesperado voto para sair da maioria causou uma abrupta queda da libra britânica e levou a especulação quanto à sobrevivência da União Europeia. Estes dois incidentes sublinharam uma rejeição globalizada dos status quo estabelecidos, e colocou em perspetiva a precisão das sondagens. A incerteza, desconfiança e descrença levam a movimentos mais rápidos no mercado.
Mudanças – nem sempre são bem-vindas
Uma mudança num governo significa, muitas vezes, uma mudança de ideologia, o que normalmente equivale a uma abordagem diferente em políticas orçamentais e monetárias – ambas, em especial a primeira, são grandes impulsionadoras dos mercados financeiros. O dólar disparou depois de Trump vencer as eleições pois o mercado esperava que uma política orçamental expansionista forçasse a Reserva Federal a subir as taxas de juro.
Regra geral, quando mais um governo gastar, mais rapidamente essa economia vai crescer, o que gera tipicamente um aumento da inflação. Numa situação dessas, o banco central desse país tem de agir aumentando as taxas de juro, o que ajuda a moeda. Para além disso, as pessoas ou os partidos políticos vistos como fiscalmente responsáveis ou mais preocupados em promover o crescimento económico tendem a impulsionar o mercado de ações e a moeda. Por isso, se um governo que é visto como “amigo” da economia estiver em perigo de perder a sua posição de poder, os traders podem reagir de forma nervosa e podem vender a moeda ou ações.
Em busca de estabilidade
A estabilidade é algo que os mercados financeiros apreciam. Como já referido, a incerteza é algo que pode ter um impacto negativo no mercado de ações ou na moeda. Ainda assim, questões políticas não estão sempre ligadas a mudanças de governo. Relembremos 2012, quando a Zona Euro estava prestes a colapsar. A Grécia ficou quase sem dinheiro e os políticos não encontravam uma solução clara para a questão. Em 2015 houve um cenário parecido, quando o país esteve perto de sair da Zona Euro, o que resultou em movimentos acentuados em mercados como DAX, CAC40 e outros.
Só quando se chegou a um acordo político em Bruxelas é que o mercado estabilizou. Apesar de as medidas implementadas estarem longe de ser perfeitas, o sentido de estabilidade melhorou significativamente.
Como pode ver, a política pode ter um enorme impacto nos mercados financeiros; é por isso que deve seguir de perto o cenário político.
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