Depois de vários meses de montanha-russa na bolsa, as ações da Uber conseguiram subir este ano quase 150%, tornando o seu retorno comparável ao da Bitcoin. Agora, a Uber está num ponto de viragem. Recentemente, conseguiu alcançar a rentabilidade, e agora a empresa enfrenta uma grande oportunidade. A 18 de dezembro deste ano, a Uber irá juntar-se ao grupo de "elite" de empresas cotadas no maior índice dos EUA, o S&P 500, onde irá substituir a Sealed Air Corp.
As últimas empresas que entraram para o principal índice de ações foram a Epam Systems, em 2021, e a Tesla, em 2020. Desta vez, o evento também é significativo devido à capitalização de mercado de 130 mil milhões de dólares da Uber, que é quase 4 vezes a capitalização média das empresas do S&P 500, de cerca de 31 mil milhões de dólares. Mas será que entrar na lista das 500 maiores empresas cotadas na bolsa dos EUA e cumprir todos os requisitos significa realmente a abertura de um novo capítulo para a empresa?
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Abrir Conta TESTAR A DEMO Download mobile app Download mobile appO que esperar do "fenómeno S&P 500"?
Em Wall Street, o "fenómeno S&P 500" é conhecido há anos. Em poucas palavras, consiste no impacto positivo da adesão ao índice sobre o preço das ações. Este facto deve-se não só à maior "confiança" e prestígio da própria empresa, mas também ao interesse institucional. Os ETFs sobre o S&P 500 afetam as avaliações destas empresas, uma vez que são obrigados a comprar imediatamente quando uma empresa é incluída no índice. É de salientar que os ETF sobre o índice S&P 500 são os maiores fundos do seu género no mundo.
No início de 2023, os fundos dos EUA (incluindo ETF) que seguem o S&P 500 tinham um total de ativos de 5,7 biliões de dólares. Desde então, é provável que tenham crescido a taxas de dois dígitos, com a recuperação contínua de Wall Street e uma recuperação de 18% do índice de referência. A sua avaliação representa agora cerca de ⅛ do valor de todo o mercado de ações, e os três maiores ETFs que acompanham o S&P 500 têm um valor combinado de cerca de 1,2 biliões de dólares. Isto mostra que a Uber pode contar com receitas significativas, sujeitas a uma maior melhoria do sentimento do mercado bolsista, a longo prazo.
Historicamente, a entrada no índice S&P 500 tem apoiado temporariamente os sentimentos, mas isso, por si só, não determina o "sucesso" de uma empresa no mercado bolsista. A Tesla ganhou quase 19% desde a sua estreia. A estreia da Epam Systems em 2021 revelou-se excepcionalmente fraca. Momentos após a entrada, as vendas intensificaram-se, dominando as ações até hoje. No gráfico acima, podemos ver a variação de preço das ações de cada empresa, 365 dias após a estreia no S&P 500. Fonte: XTB Research, Bloomberg Finance LP
Preocupações com o "fenómeno S&P 500
É claro que, embora a adesão ao índice tenha alguma importância (especialmente numa altura em que os índices estão a subir e os fundos são forçados a comprar ações), também vale a pena considerar que podem igualmente ser forçados a vendê-las. Além disso, o facto de a empresa já ter entrado no índice S&P 500 significa que é difícil esperar que as suas ações beneficiem mais uma vez da especulação em torno da sua possível inclusão. Mas a Uber é uma empresa poderosa, com uma capitalização de mercado significativa, e a entrada no S&P 500 ajudá-la-á a atrair mais a atenção dos investidores.
Parece um pouco ingénuo pensar que as ações da Uber vão subir só porque a empresa entrou para o S&P 500, embora os analistas da Oppenhaimer digam que isso vai acelerar e melhorar as condições gerais para que as suas ações subam através, entre outras coisas, de um programa de recompra de ações, melhorando o sentimento dos investidores em relação à continuação da geração de valor para os acionistas. Afinal, há uma série de razões pelas quais a Uber pode estar a ter um ótimo desempenho, e não é de todo devido ao evento que espera a empresa na próxima segunda-feira. Desde um conselho de administração competente até às melhorias de margens e lucro.
A chave? Margens líquidas e maior fluxo de caixa livre
Dado que a empresa ainda se encontra num negócio de margens baixas, um aspeto fundamental para a empresa é a continuação da escala e da expansão. Mas o verdadeiro "efeito de alavanca" sobre os rendimentos gerados para os acionistas são as margens. Até agora, a gestão está a fazer crescer a empresa de forma brilhante e a Uber já não é a mesma empresa que estava a "queimar dinheiro" em 2019, levantando preocupações sobre se alguma vez poderia alcançar a rentabilidade, com custos galopantes e concorrentes em ascensão. Curiosamente, desde a pandemia de Covid-19, o negócio da Uber Eats tornou-se uma importante fonte de receitas, "destronando" o negócio dos transportes. Poucos poderiam ter previsto este facto.
Se a empresa não tivesse introduzido o serviço Eats e não tivesse sido capaz de construir um negócio inteiramente novo a partir do zero, em cima da sua estrutura existente, teria provavelmente sofrido um destino pouco inspirador face à pandemia, e hoje só poderia "sonhar" em entrar num S&P 500. A direção mostrou competência e determinação. Hoje, a Uber, bem como os seus acionistas, estão a colher coletivamente os frutos. Nos últimos quatro trimestres, a empresa gerou mil milhões de dólares em lucros e, no terceiro trimestre, registou 221 milhões de dólares em receitas de 9,29 mil milhões de dólares. Para conseguir isto, entre outras coisas, foi forçada a despedir quase 3.500 empregados.
Os custos de entrega mais baixos melhoraram as margens. A empresa tem objetivos ambiciosos e compara-se a grandes empresas tecnológicas como a Google e a Microsoft. O objetivo é dominar o mercado dos transportes e das entregas. A chave para o seu crescimento contínuo, no mercado de acções, será uma melhoria gradual das margens (o que já está a acontecer). As margens brutas da Uber têm vindo a diminuir, reconhecidamente desde 2018, mas a sua margem líquida subiu de perto de -80% no 1º trimestre de 2020 e -40% em meados de 2022, para 2,93% positivos atualmente. E deve ser dito que, a partir de um nível próximo de 3%, há um potencial de alta considerável, apoiando expectativas de ganhos por ação mais elevados.
Gráfico de ações da Uber Technologies (D1)
Ações da Uber Technology (UBER.US), intervalo D1. A curto prazo, o impacto da adesão da Uber ao índice S&P 500 sobre o preço das ações não é claro, e parece que muito dependerá do facto de o sentimento do mercado não se deteriorar até à próxima segunda-feira. Se for esse o caso, a adesão ao S&P 500 pode dar ao mercado um argumento para realizar lucros - cenário de "vender as notícias". Por outro lado, juntar-se ao S&P 500 a longo prazo é benéfico para a empresa, tanto a médio como a longo prazo. Fonte: xStation5
Fonte: Bloomberg Finance LP
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