A diferença entre exportações e importações corresponde ao saldo da balança comercial. Os novos dados de Portugal referente a esta matéria foram publicados pelo INE na última quinta-feira e não foram otimistas. Segundo o INE os dados mostram que:
No conjunto do ano de 2022, as exportações e as importações aumentaram 23,1% e 31,2%, respetivamente (+18,3% e +22,0% em 2021, pela mesma ordem). O défice da balança comercial atingiu 30 783 milhões de euros em 2022, o mais elevado desde que há registos em termos nominais, o que representa um aumento de 11 256 milhões de euros face ao ano anterior e um decréscimo de 4,7 p.p. na taxa de cobertura (71,8% em 2022, a mais baixa taxa de cobertura desde 2011).
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Fonte: Relatório INE Comércio Internacional Dezembro 2022
Em dezembro de 2022, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de +9,5% e +9,1%, respetivamente (+18,6% e +16,1%, pela mesma ordem, em novembro de 2022), refletindo uma desaceleração nos preços: os índices de valor unitário (preços) registaram variações homólogas de +9,3% nas exportações e +12,6% nas importações (+13,0% e +14,1%, respetivamente em novembro de 2022). Estas variações poderão também ter sido influenciadas pela greve nos portos nacionais, que ocorreu em dezembro de 2022 e pelo facto de dezembro de 2022 ter tido menos um dia útil que dezembro de 2021.
Fonte: Relatório INE Comércio Internacional Dezembro 2022
Estes dados refletem que a nossa balança comercial continua a fraquejar. O facto da nossa indústria não ter capacidade para se expandir, do facto de Portugal ser dependente das energias fósseis, demonstram a fraqueza em relação à balança comercial. Ainda assim , é de notar que estes dados estão a piorar e podem levar para níveis bastante desfavoráveis.
Num futuro, caso o sentimento macroeconómico nacional se deteriore, então poderemos ver um abrandamento deste gap entre importação e exportações, já que reduções no consumo farão abrandar as importações. Convém também salientar que esta taxa de cobertura é bastante negativa e Portugal deveria criar mecanismos para poder reduzir esta diferença. O excesso de burocracia e uma carga fiscal demasiado grande deverão ser os principais entraves a que novas empresas competitivas sejam formadas no território nacional.
As ações da Jerónimo Martins (JMT.PT) encontram-se a valorizar mais de 0,25% no dia de hoje. Sendo uma das empresas que mais exporta na nossa economia começa a sentir nas últimas semanas o impacto desse abrandamento. Caso o preço não consiga manter-se acima dos 18.9€, a possibilidade de novo impulso de baixa põe-se em cima da mesa.Fonte xStation5
Autor: Vitor Madeira
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