Os preços do petróleo voltaram a subir ontem, com o Brent a subir 5% atingindo a marca dos $77,62 por barril, o seu nível mais alto em mais de um mês. Esta subida acentuada surge no meio da escalada das tensões no Médio Oriente e do aumento da especulação sobre potenciais ataques israelitas às infra-estruturas petrolíferas do Irão. O WTI também tem valorizado, fixando-se nos $73,7. Esta sessão, o petróleo continua a recuperação, com o petróleo Brent a subir 0,83% para atingir os $78,16 e o WTI a subir mais de 0,8% para $74,27.
Comece a investir hoje ou teste gratuitamente uma conta demo
Abrir Conta TESTAR A DEMO Download mobile app Download mobile appO catalisador para este aumento repentino foi um comentário do presidente dos EUA, Joe Biden. Quando questionado sobre a possibilidade de Israel atacar as instalações petrolíferas do Irão, Biden afirmou que “estamos a discutir isso”. Esta observação provocou ondas de choque nos mercados petrolíferos, aumentando os receios de potenciais perturbações no abastecimento global de crude.
Os principais fatores que impulsionam o aumento do preço do petróleo incluem:
- Tensões geopolíticas: O conflito em curso entre Israel e o Irão aumentou, com o recente ataque de mísseis do Irão a Israel a suscitar preocupações quanto a ações de retaliação.
- Receios de interrupção do fornecimento: Qualquer ataque às infra-estruturas petrolíferas do Irão poderá ter um impacto significativo no abastecimento mundial de petróleo, uma vez que o Irão é o sétimo maior produtor mundial de petróleo.
- Preocupações com o Estreito de Ormuz: As preocupações sobre potenciais bloqueios nesta rota marítima crítica, através da qual passa um terço do tráfego de petroleiros, estão a aumentar o nervosismo do mercado.
- Aumento do prémio de risco: O aumento dos riscos geopolíticos está a levar os investidores a atribuir um prémio de risco mais elevado ao petróleo.
Os preços do petróleo têm estado voláteis desde o início da semana, devido à escalada das tensões no Médio Oriente. A principal razão continua a ser a tensão geopolítica que continua a decorrer entre Israel e o Irão, que se agravou após o recente ataque de mísseis do Irão contra Israel. Esta situação suscitou preocupações quanto às ações de retaliação e ao seu potencial impacto nas cadeias de abastecimento de petróleo.
A agravar o nervosismo do mercado estão as preocupações com potenciais bloqueios no Estreito de Ormuz, uma rota marítima crítica através da qual passa um terço do tráfego mundial de petroleiros. O aumento dos riscos geopolíticos está a levar os comerciantes a fixar o preço do petróleo num prémio de risco mais elevado, contribuindo para o aumento global dos preços.
Os analistas estão divididos quanto ao potencial impacto a longo prazo destes desenvolvimentos. Alguns avisam que os preços do petróleo podem subir ainda mais se Israel atacar as refinarias iranianas e Teerão retaliar atacando outros campos de petróleo e refinarias na região. Outros, porém, apontam para fatores atenuantes, como a fraca procura da China e a capacidade de reserva dos produtores da OPEP+, superior a 5 milhões de barris por dia, que poderão ajudar a compensar potenciais perturbações da oferta.
As implicações globais deste aumento de preços são significativas e multifacetadas. Existem preocupações crescentes quanto à inflação, uma vez que qualquer aumento prolongado dos preços da energia aumenta a possibilidade de um aumento dos preços da gasolina e das facturas de gás e eletricidade. O governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, sublinhou estas preocupações na quinta-feira, alertando para o impacto potencial “muito grave” e declarando que estava a acompanhar a evolução da situação “de muito perto”.
Gráfico de sazonalidade Fonte: Bloomberg L.P.
Para os investidores, vão continuar atentos aos anúncios ou medidas vindas de Israel relativamente a potenciais ataques às infra-estruturas petrolíferas do Irão, também a uma eventual resposta do Irão a potenciais ameaças ou ações contra as suas instalações petrolíferas, e movimentos no Estreito de Ormuz que possam ter impacto no tráfego de petroleiros. Além disso, as declarações dos membros da OPEP+ relativamente a potenciais aumentos da oferta para compensar quaisquer perturbações serão acompanhadas de perto, assim como os dados económicos globais, particularmente da China, que poderão ter impacto nas previsões da procura de petróleo. Também a sazonalidade desempenhará um papel importante, com outubro e novembro sendo historicamente meses fracos para o petróleo.
Embora o atual aumento dos preços do petróleo seja significativo, vale a pena notar que a reação foi muito mais branda do que a resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022. No entanto, a situação permanece fluida e qualquer nova escalada poderá conduzir a movimentos de preços mais dramáticos nos próximos dias e semanas.
A sustentabilidade desta subida de preços dependerá, em grande medida, da escalada das tensões no Médio Oriente e da ocorrência de perturbações reais no fornecimento de petróleo. À medida que a situação continua a evoluir, os participantes no mercado terão de se manter vigilantes e preparados para a volatilidade.
PETRÓLEO (intervalo D1)
O preço do Brent está a aproximar-se dos níveis da retração Fibonacci de 50%, que poderá ser o próximo obstáculo à força compradora. No caso de surgir um rompimento deste nível então não devemos excluir um novo movimento de alta em direção à SMA de 100 períodos, seguido pela retração de Fibonacci nos 61,8%, que tem atuado como resistência anteriormente.
Fonte: xStation
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