Antecipação à decisão do BCE

11:37 16 de abril de 2025

O que podemos esperar do desfecho da reunião do BCE

O Banco Central Europeu (BCE) deverá anunciar amanhã, pelas 13h15, um novo corte nas taxas de juro. As expectativas do mercado são elevadas, especialmente após a introdução de novas tarifas por parte dos Estados Unidos, o que intensificou os receios em torno do risco de recessão sobre as principais economias.

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Face a este contexto, os investidores têm adotado uma postura mais cautelosa, refletindo-se numa descida dos juros das obrigações alemãs. O mercado já incorpora a possibilidade de três cortes nas taxas até ao final do ano, aumentando a possibilidade das taxas de juro voltarem a recuar para os 1,75%.

A inflação tem vindo a desacelerar, fixando-se nos 2,4% no mês de fevereiro, aproximando-se gradualmente da meta de 2% definida pelo BCE. Contudo, os preços dos serviços e a dinâmica salarial mantêm-se sob pressão. Paralelamente, as projeções económicas foram revistas em baixa, antecipando-se um crescimento de 0,9% em 2025 e de 1,2% em 2026.

 

A taxa de inflação geral (CPI) e subjacente (CPI core) têm vindo a recuar, embora a um ritmo mais lento tendo em conta os atuais baixos valores. 

 

Para além da principal medida da inflação, outras medidas como o índice de preços ao produtor (PPI) têm também mostrado fortes contrações, o que têm ajudado o BCE a continuar a baixar as taxas de juro na Zona Euro.

Em termos de variação anual, o IPP reflete também a fraqueza no lado da indústria que acaba por afetar os preços.

Por outro lado, quando olhamos para os indicadores de atividade económica, nomeadamente os indicadores sobre a indústria, vemos claramente que o setor continua a dar sinais de recessão e não têm existido sinais de mudança ao longo do último ano. 

Estes fatores macroeconómicos, em conjunto com a atual instabilidade alimentada pela questão das tarifas dos EUA, estão a fazer com que o BCE continue a adotar uma política monetária mais dovish a fim de conseguir trazer, de forma gradual, estímulos ao mesmo tempo que não comprometa o combate à inflação. 

Em março, o Banco Central Europeu já tinha procedido a uma redução da taxa de depósito para 2,65%, sinalizando uma orientação progressivamente menos restritiva da política monetária. Ainda assim, o BCE mantém uma abordagem baseada em dados, avaliando as decisões caso a caso.

É expectável um novo corte de 25 pontos base, embora o foco dos mercados esteja também nas declarações de Christine Lagarde, particularmente no que diz respeito à trajetória futura da política monetária. Prevê-se ainda que a presidente do BCE comente o recente agravamento das tarifas e o impacto na relação comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos.




 

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Escrito por

Henrique Tomé

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