O início desta semana é muito positivo para os compradores do açúcar. O açúcar está hoje a negociar 2% mais alto e conseguiu ultrapassar os 24,06 dólares por libra, quebrando uma alta de 2016. Como resultado, o preço viu-se brevemente a negociar ao nível mais alto desde Abril de 2012 – um máximo de 11 anos. Um forte impulso ascendente lançado no final de Março é impulsionado por fundamentos de preço positivos.
Embora o Brasil tenha iniciado a colheita e se preveja que este ano venha a colher uma colheita mais forte, no início de 2024 estão a aumentar as preocupações com a oferta da Ásia, especialmente da Índia e Tailândia, uma vez que as perspetivas de produção para a região foram recentemente reduzidas. Este facto está também a suscitar preocupações de que o governo indiano não irá permitir o aumento das exportações de açúcar nesta estação. A atenção está também voltada para o fenómeno El Nino, que se espera venha a trazer um clima mais seco. Note-se que um El Nino seco na época de 2015/2016 levou a um aumento agressivo nos preços do açúcar. Por último, mas não menos importante, o recente salto nos preços do petróleo pode levar os produtores a estarem mais dispostos a desviar mais cana-de-açúcar para a produção de biocombustível do que para a produção de açúcar.
Dando uma vista de olhos ao AÇÚCAR no intervalo D1 (primeiro gráfico abaixo), podemos ver que o preço quebrou recentemente acima do limite superior do canal ascendente. De acordo com a análise técnica clássica, a ruptura ascendente pode levar a uma subida de preços semelhante em tamanho à largura do canal. Se for executado de forma manual, o preço pode subir para a área 25,40. Um olhar para o gráfico no intervalo W1 (segundo gráfico abaixo), mostra que a área entre a marca de 25,40 e 61,8% de retrocesso do movimento descendente lançado em 2011 poderia ser um nível de resistência a observar, uma vez que viu algumas reações de preços no período 2010-2012.
AÇÚCAR no intervalo D1. Fonte: xStation5
AÇÚCAR no intervalo W1. Fonte: xStation5