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Receita: US$ 19,3 bilhões, queda de 9% YoY (impactada principalmente pela menor produção do Model Y e por incentivos contínuos de preço)
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Lucro por ação (GAAP): US$ 0,12 (‑71% YoY); Lucro por ação (não‑GAAP): US$ 0,27 (‑40% YoY)
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Lucro operacional: US$ 0,4 bilhão; margem operacional: 2,1% (‑343 pontos-base YoY), afetada por pressões de preço/mix e pelos gastos com P&D em IA, que compensaram a queda nos custos de matéria-prima
As ações da Tesla sobem 0,50% no after-market, apesar dos resultados mais fracos em relação ao mesmo período do ano anterior. O otimismo dos investidores persiste, sustentado pelas perspectivas futuras da empresa.
O relatório do primeiro trimestre mostrou uma "redefinição deliberada da lucratividade", enquanto a empresa se prepara para o próximo ciclo de produtos. A receita caiu 9% em relação ao ano anterior, para US$ 19,3 bilhões; o lucro por ação (GAAP) caiu para US$ 0,12, e a margem operacional encolheu para 2,1%. Os resultados foram impactados pela queda nos volumes do Model Y e pelos descontos contínuos, que acabaram superando as economias em matéria-prima. Por outro lado, o fluxo de caixa voltou ao território positivo (US$ 0,7 bilhão). A liquidez da empresa atingiu um nível recorde (acima de US$ 37 bilhões) antes dos lançamentos planejados para os próximos meses.
Principais catalisadores:
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Projeto piloto do Robotáxi em junho de 2025
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Aprovação do FSD na Europa
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Lançamento de modelos mais baratos no primeiro semestre de 2025
As pressões competitivas no mercado de veículos elétricos ficam evidentes nos resultados da gigante de tecnologia. A receita automotiva caiu 20%, enquanto o segmento de Geração & Armazenamento de Energia ganhou relevância, com crescimento de 67% YoY, atingindo US$ 2,7 bilhões.
Energia & IA ganham importância:
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Receita com armazenamento de energia: +67% YoY
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Desdobramento de armazenamento de energia: 10,4 GWh (+154% YoY) — quarto recorde consecutivo em base TTM
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Produção de veículos: 362.615 unidades (‑16% YoY)
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Entregas: 336.681 unidades (‑13% YoY); Model 3/Y = 96% do total
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Rede de Superchargers: 67.316 pontos de carregamento (+17% YoY)
Apesar da queda de 13% nas entregas de veículos, o otimismo dos investidores é sustentado pela visão da tecnologia FSD e do Robotáxi. O FSD (Supervisionado) já está em operação na China, e a quilometragem acumulada da frota ultrapassou 4 bilhões de milhas.
Como curiosidade, a Tesla informou que os novos Cybertrucks saem da linha de montagem de forma autônoma até os pátios de logística nos EUA. Já o Robotáxi "Cybercab" entrará em produção em série em 2026, com projeto piloto em Austin a partir de junho de 2025.
Impacto das tarifas sobre os negócios da Tesla
A gestão informou que reavaliará a perspectiva para 2025 no segundo trimestre, quando houver maior clareza sobre a nova política comercial dos EUA. O retorno da margem operacional anual ao patamar médio de um dígito dependerá da recuperação nos volumes do Model Y, da evolução das tarifas e do ritmo de implantação de projetos de energia.
Ao mesmo tempo, a gestão confirmou que os novos modelos mais baratos continuam no cronograma para o primeiro semestre de 2025. A Tesla também planeja implantar robôs Optimus para auxiliar na produção em suas fábricas a partir do próximo ano. De forma geral, a administração permanece otimista quanto às perspectivas da empresa e aos próximos lançamentos de produtos.
Fonte: xStation 5
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