CME Group e CBOE Global Markets estão entre os principais fornecedores de instrumentos financeiros, voltados principalmente para investidores institucionais nos Estados Unidos. As ações de ambas as empresas tiveram um desempenho muito positivo durante as recentes quedas do mercado, graças à atividade de negociação excepcionalmente alta em diversos mercados. No entanto, o Bank of America rebaixou sua recomendação para a CBOE de “Compra” para “Neutra”, enquanto o Morgan Stanley elevou seu preço-alvo para CME Group de US$ 263 para US$ 301 por ação, implicando um potencial de valorização de cerca de 20% em relação aos níveis atuais.
- A CME opera a Chicago Board of Trade (CBOT), a New York Mercantile Exchange (NYMEX) para energia e a Commodity Exchange (COMEX) para metais, com forte exposição a contratos futuros do S&P 500, Bitcoin e opções vinculadas ao mercado de títulos.
- A CBOE é mais conhecida por sua exposição a opções de índices acionários (como operadora da maior bolsa de opções dos EUA, a CBOE Options Exchange), opções de ações individuais e ao Índice de Volatilidade da CBOE (VIX).
Em tempos de incerteza no mercado, a demanda por proteção e os volumes recordes de negociação ajudaram ambas as empresas a permanecerem amplamente imunes às quedas das ações em Wall Street. Além disso, a guerra comercial em curso tem impulsionado uma forte atividade de hedge nos mercados de commodities (ouro, produtos agrícolas), o que beneficia principalmente a CME Group.
Analistas de olho na CME e na CBOE
Comentando sobre a CME Group, analistas do Morgan Stanley destacaram a “vantagem competitiva” da empresa nos mercados de opções e commodities, observando que 80% de sua receita vem de comissões e taxas de compensação. Os volumes de negociação em 2025 e 2026 devem superar a taxa média de crescimento anual de 7%, com crescimento de volume de 15% este ano e 12% no próximo, o que sustenta a perspectiva de negócios da CME.
Nos últimos 12 meses, a receita da CME cresceu para US$ 6,12 bilhões e, no último trimestre, a empresa registrou recorde de média diária de contratos negociados — 29,8 milhões — com 9,2 milhões relacionados a opções de títulos do Tesouro dos EUA. O Morgan Stanley também citou o modelo de negócios anticíclico da CME como encorajador, permitindo que a empresa demonstre resiliência durante períodos de turbulência no mercado.
Enquanto isso, o Bank of America reduziu seu preço-alvo para a CBOE para US$ 227, citando o potencial de redução nos volumes de negociação na segunda metade de 2025, bem como em 2026 e 2027. O BofA avalia a CBOE com múltiplo de 20 vezes o lucro estimado para 2027. As novas previsões de lucros para o segundo semestre deste ano são de US$ 4,60 por ação (versus US$ 5,07 anteriormente), e de US$ 9,89 e US$ 11,37 para 2026 e 2027, respectivamente — abaixo dos US$ 11,16 e US$ 12,99 estimados anteriormente.
Ações da CBOE Global Markets (D1) e CME Group (D1)
As ações da CBOE Global Markets caíram quase 12% em relação às máximas históricas e atualmente testam a média móvel exponencial de 200 períodos (EMA 200). A empresa aparenta ter um modelo de negócios menos resiliente que o da CME, embora o forte interesse recente e a volatilidade no índice VIX possam ajudar a sustentar o desempenho da CBOE.
As ações da CME Group estão com desempenho significativamente melhor, com as quedas parando na média móvel de 50 períodos (EMA 50) e no nível de retração de Fibonacci de 23,6% da onda de alta de 2024. A empresa paga dividendos há 23 anos, com um rendimento atual de 4,2%. Analistas do UBS e da Raymond James mantêm os preços-alvo de US$ 290 e US$ 287 por ação, respectivamente.
Fonte: XTB Research, Bloomberg Finance L.P.
Fonte: XTB Research, Bloomberg Finance L.P.
Fonte: XTB Research, Bloomberg Finance L.P.
Fonte: XTB Research, Bloomberg Finance L.P.
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