As ações da Boeing Co. subiram até 4,2% nas negociações antes da abertura do mercado na quarta-feira, após a gigante aeroespacial divulgar os resultados do primeiro trimestre, que superaram as expectativas de Wall Street, mostrando sinais de recuperação em meio a desafios de fabricação e tensões comerciais globais.
Desempenho financeiro supera as previsões
A empresa registrou um prejuízo líquido de US$ 31 milhões (US$ 0,16 por ação), uma melhoria significativa em relação ao prejuízo de US$ 355 milhões no ano anterior. A receita aumentou 18%, atingindo US$ 19,5 bilhões, com uma perda ajustada por ação de US$ 0,49, superando a perda esperada de US$ 1,29. O fluxo de caixa livre foi de US$ 2,3 bilhões, muito melhor do que os US$ 3,4 bilhões previstos. A receita de Aeronaves Comerciais saltou 75%, para US$ 8,15 bilhões, à medida que a Boeing entregou 130 jatos, um aumento de quase 60% em relação ao ano passado.
Recuperação das aeronaves comerciais
A receita de Aeronaves Comerciais saltou 75%, para US$ 8,15 bilhões, com a Boeing entregando 130 jatos no trimestre, um aumento de quase 60% em relação às 83 entregas do ano passado. O programa 737 está aumentando gradualmente a produção, com planos de atingir 38 aeronaves por mês neste ano. O CEO Kelly Ortberg anunciou que a empresa está se preparando para buscar a aprovação da FAA para aumentar ainda mais a produção para 42 jatos mensais "mais tarde neste ano."
Desempenho de Defesa e Espaço
A receita da unidade de Defesa, Espaço & Segurança caiu 9%, para US$ 6,3 bilhões, embora o segmento tenha registrado uma margem operacional de 2,5%, refletindo uma estabilização do desempenho operacional. Durante o trimestre, a Boeing garantiu um contrato importante para projetar e construir o F-47, o caça de próxima geração da Força Aérea dos EUA, embora este pedido ainda não tenha sido incluído na carteira de US$ 62 bilhões de defesa da empresa.
Movimentos estratégicos e desafios contínuos
O CEO Kelly Ortberg chamou 2025 de "ano de virada" da Boeing, com planos de aumentar a produção do 737 para 38 aeronaves mensais e buscar aprovação para 42 por mês ainda este ano. A empresa anunciou a venda de seu negócio de Soluções de Aviação Digital para a Thoma Bravo por US$ 10,55 bilhões, visando reduzir a dívida. No entanto, a Boeing enfrenta incertezas devido às tensões comerciais entre os EUA e a China, com tarifas chinesas de 125% afetando as entregas para as companhias aéreas chinesas. O portfólio da empresa de US$ 545 bilhões inclui mais de 5.600 aeronaves comerciais, fornecendo algum amortecimento contra a volatilidade do mercado.
Boeing (D1)
Nas negociações antes da abertura do mercado, as ações estão oscilando ao redor da média móvel de 100 dias — um nível chave que os touros tentarão manter, pois isso pode abrir caminho para uma recuperação adicional. Os ursos, por sua vez, tentarão empurrar o preço abaixo da média móvel de 30 dias. O RSI está subindo, enquanto o MACD está se alargando após um cruzamento de alta.
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